30/04/2010

Os melhores momentos de surf no Hawaii

Hawaii Return to the Source 2010 112O Xaninho estava pela primeira vez no Hawaii e foi logo comer o prato principal – Pipeline de gala.
Chegamos ao Hawaii de noite e para despertarmos de uma viagem de quase 2 dias, nada melhor do que ser recebido por um dos ícones de Pipeline… Sir Rory Russell. É impressionante sentir a sua constante boa disposição e ouvir as histórias que tem para contar. Conhece o Hawaii como poucos, ganhou por duas vezes o Pipeline Masters e, apesar de toda a fama e glória, mantém-se humilde e despretensioso. Um verdadeiro exemplo do soul surfer.

Hawaii Return to the Source 2010 119Nicolas Pinot, o nosso representante em França também se estreou em Pipeline.
Ao contrário da década de setenta, os nossos team riders não dominavam as ondas havaianas, aliás, como dissemos antes, muitos chegavam a esta ilha pela primeira vez. O que faltava em experiência era compensado pela vontade de surfar ao máximo e de usufruir das melhores ondas até ao limite. Não estava em causa provar que eram os melhores, mas sim desfrutar e conhecer melhor algumas das ondas mais difíceis do planeta.
Fomos directos para o North Shore, para umas casas mesmo coladas a Waimea, e o Hawaii, mesmo de noite, mostrou-nos logo que não estava para brincadeiras. O som da rebentação impunha respeito. Adivinhavam-se dias com ondas grandes…
Hawaii Return to the Source 2010 090O Pedrinho Soares a mostrar a garra de Carcavelos.
E assim foi. No dia seguinte, Pipeline estava gigante com sets de 5 metrões, mas ainda um pouco desordenados. Poucos estavam na água, mas só de ver já era impressionante. Não eram as condições mais “seguras” para surfistas se estrearem em Pipeline.
Logo a partir desse dia, interiorizamos os dois conceitos essenciais para surfar bem no Hawaii. O primeiro é o respeito e conhecimento do mar. As ondas no Hawaii têm bastante mais força do que na Europa. É uma ilha isolada no meio do Pacífico e o mar tem muito menor oposição das plataformas continentais. Além disso, as bancadas de coral muitas vezes são rasas e uma má entrada na onda pode facilmente levar a lesões graves. O segundo é a calma, uma característica dos locais. Têm uma serenidade e paz de espírito notáveis. Para surfares ondas grandes no Hawaii é praticamente proibido entrares nervoso, só vai complicar as coisas e vais gastar energias que podem ser preciosas.
Hawaii Return to the Source 2010 080Txaber Trojaola, o team rider espanhol a voar em Haleiwa.
Mas outra coisa óptima no Hawaii é haver spots com tamanhos para todos os gostos e, assim, lá fomos para outro spot mais “amigável” no primeiro dia.
Claro que todos os surfistas queriam surfar Pipeline com ondas grandes, mas o mais importante era surfarem descontraídos, divertirem-se e conseguirem, acima de tudo, evoluir no seu surf, e nem sempre os spots mais famosos são os ideais, onde há o fantasma do crowd com a fama de muito localismo e agressividade.
Os nossos team riders não tiveram qualquer problema com o crowd durante toda a viagem, mas sentiram a tensão constante na água, especialmente nos picos mais famosos do North Shore: Pipeline, Sunset e Rocky Point.
No segundo dia, com Pipeline ainda bem imponente, com sets de 10 a 12 pés, uns 4 metros, o Xaninho foi o herói do dia ao dropar uma das maiores bombas.
Hawaii Return to the Source 2010 113Outra vez Alexandre Ferreira a encaixar perfeitamente nos tubos de Pipeline.
Muitos dos team riders conseguiram vencer os seus receios nesse dia e concretizar o sonho de surfar Pipeline. Durante os outros dias, o team andou a surfar vários spots ao sabor das condições do vento, do crowd e do estilo de cada um.
Haleiwa foi outro dos spots mais surfados, com uma onda muito manobrável ideal para o estilo do Txaber e também do Gege Brasset. E como não podia deixar de ser, ninguém saiu da ilha sem surfar Sunset e Rocky Point, e outros secret spots incríveis.

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Jeremy “Gege” Brasset, em Haleiwa
Outro dos momentos altos da viagem foi, sem dúvida, assistir à sessão de ondas grandes em Waimea, num dia em que as ondas chegaram aos 30-35 pés. Um espectáculo impressionante só de ver, sensação que, sinceramente, só é possível experimentar estando lá. Surfistas com pranchas nunca inferiores a 10’ e um aparato de salva-vidas munidos de motas de água e helicópteros quase que teatralizavam uma sessão absolutamente incrível.
Mas esta viagem não era só surf. Era o regresso à nossa terra natal. Queríamos conhecer os lugares, as pessoas e as histórias que fazem parte do imaginário da marca. E assim, o after surf era sempre recheado de convívios e barbecues onde aproveitávamos para conhecer surfistas e shapers ligados à história da marca, e para nos conhecermos melhor, já que o team tinha aquisições muito recentes.

Hawaii Return to the Source 2010 152Jord “Flying Dutchman” Fortmann o team rider holandês não esteve apenas no shape com o Rory Russell.
Hawaii Return to the Source 2010 125  David Raimundo num bottom turn muito profundo em Pipeline.
Além do team europeu juntaram-se também a nós alguns elementos da equipa da Lightning Bolt EUA, também agora a renascer em Venice Beach, na Califórnia.
Jonathan Paskowitz, o brand manager da marca nos EUA, era, a par de Rory Russell, o nosso guia e orientador de viagem. E era ele o Chef do nosso grill nos jantares ao ar livre. E que mérito teve ele em conseguir alimentar o pessoal todo, sempre esfomeado.
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