26/03/2010

Surftrip ao Havai - O vídeo oficial – Parte I

A última surftrip da Lightning Bolt Europe teve um significado muito especial. Foi o regresso da marca às sua origens, onde tudo começou em 1971. Foi o regresso ao North Shore havaiano.
De Portugal foi o Alexandre
"Xaninho" Ferreira, o David Raimundo e o Pedro Soares. Ao seu lado estiveram os recentes team riders de França, Espanha e Holanda: Jeremy Brasset, Nicolas Pinot, Txaber Trojaola e o Jord Fortmann.
Durante esta viagem, os team riders experimentaram várias condições de mar, inclusivé ondas de 10-12 pés em Pipeline, o sonho de quase todos os surfistas.
Deixamos-te aqui a primeira parte do vídeo da surftrip, que também inclui alguns momentos do making-of da sessão de fotografia para o catálogo Outono-Inverno 2010.

O vice campeão nacional Alexandre “Xaninho” Ferreira foi dos team riders que se destacou mais em Pipeline e fala-nos aqui um pouco da primeira experiência num dos picos mais admirados de todo o mundo:
Estavas com grandes expectativas para esta viagem, em especial pela mítica onda de Pipeline. Qual foi a tua sensação quando chegaste à praia pela primeira vez?
Estava muito feliz por realizar mais um sonho. Foi muito importante para mim como surfista. Pipeline é uma onda espectacular, só de olhar dá arrepios aos mais corajosos.
Na verdade estudei a onda durante três dias, pois estava muito grande e sabia que não podia falhar muitas vezes.

São poucos os que se estreiam em Pipeline logo com 4 metrões. Como é que estava a tua cabeça quando entraste? Não estavas com receio?
Sim, estava consciente que depois de entrar não havia regresso sem surfar, mas as ondas estavam lindas. A previsão era de 10 a 12 pés, os tubos eram perfeitos, não havia vento e estavam uns 20 na água. Seria um grande crime não entrar, mas estava mais focado no objectivo de fazer um tubo e rezar para não morrer.

Uns minutos de entrares, apareceste logo a dropar uma das maiores do dia. Diz lá como é surfar uma destas ondas?
Depois de muitas dicas e grandes histórias contadas pelo nosso mentor local, o Rory Russell, e pelo Jonathan Paskowitz, sabia que tinha que estar “away from the pack”, ora isso s significava estar mais outside ou nos rabinhos. E as sobras não eram o meu forte, coloquei-me o mais dentro do pico possível e, com muita dádiva, a minha primeira onda foi um sonho.

E crowd neste pico? Sempre é aquele pesadelo que se lê em muitas histórias?
Sim, tem muito crowd por ser um destino mundial e está na rota de todos os surfistas, e ainda por cima dos melhores. Mas Janeiro foi uma altura muito boa, já fora do stress competitivo.

E as pranchas que levaste? Foi a escolha acertada?
Penso que tomei a decisão mais razoável: levar 2 pranchas pequenas e comprar lá algumas, que são muito diferentes.

Agora já tens a do que é preciso para ser um Pipeline Master. Quais são os ingredientes principais?
Para ser um Pipeliner temos que estar muito bem preparados fisicamente e respeitar o mar. O resto é com a onda. Pipe trata de ti.

Aqui a noção de respeito pelo mar ganha ainda uma dimensão maior. Avaliaste com mais cuidado as condições do mar?
Sim, sem dúvida que foi muito importante passar alguns dias a avaliar o estado do mar. Sem esse conhecimento teria estado em apuros.

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